quinta-feira, 4 de novembro de 2010

No terceiro olhar (Martha Nascentes)


Transpondo o passado, vindo de Ilê de France. De onde surgiram os afrescos da anunciação em meados do século XlV. Atravessamos o portal do falso imaginário rumo ao século XXl. Percebemos todo o vazio de tantos séculos que se passaram.
Procure na paisagem algum cavaleiro que porventura tenha saído de algum conto em busca de futuro! Que surja de algum lugar na paisagem! Mas o que percebemos é a ausência e a distância do que não vemos.
Deparamo-nos, então, com uma paisagem do século XlX, de onde vem surgindo uma locomotiva, se adentrando num corredor de mata fechada. Desejamos que ela se aproxime, mas o que vemos no terceiro olhar é que, em meio a linhas gêmeas na mata fechada, um foguete está sendo lançado no século XX.
Posteriormente, retornará a uma paisagem plural do século XXl, provocando reflexos contemporâneos na paisagem das novas tecnologias.
"A prática de novas possibilidades de imagens como instrumento de composição, cria-se outro universo. Uma segunda realidade se constrói, pouco a pouco, enquanto se constrói uma nova relação com o processo da obra". Essa descrição de Anne Cauquelin se refere ao novo ambiente social na realidade virtual.

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