quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Corrida de Argolinha sobre Cavalo de Pau (Marconi Marques)


No gramado da Guignard, um território será demarcado e um alvo será posto à prova - um círculo preso em uma trave de madeira deve ser atingido em seu vazio por um espeto na mão do cavaleiro. Considerei que o gramado fosse o lugar mais adequado para essa ação por ser um lugar vazio, apenas de trânsito, subutilizado; não que eu queira que ele sejae útil para alguma coisa, mas que exista a possibilidade de um deslocamento espaço-temporal. Para o momento, penso-o como um campo, um lugar para se praticar o corpo. Neste campo o participante, sujeito da ação, deve unir-se ao animal – um dos suporte do trabalho artístico, na verdade o que seria o animal é apenas um objeto lúdico que será montado, uma referência a uma brincadeira infantil, entretando cada um monta em suas próprias pernas, guiado por si mesmo.
A obra viverá a céu aberto, será efêmera. Um jogo campestre diante e distante de um belo horizonte da cidade que se modifica aos nossos olhos... durará até o momento em que o cavaleiro não exergar mais seu alvo; até o pôr-do-sol.

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